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domingo, 21 de agosto de 2011

A ASCENSÃO DO NEGRO NA AMÉRICA E AS METÁFORAS DE ARIEL, CALIBÃ

Paraguassu de Fátima Rocha et al

O processo de escravização do negro na América permaneceu ativo por aproximadamente 250 anos e, apesar dos movimentos articulados em favor da liberdade dos escravos, o afroamericano continuou quase invisível na sociedade americana até Barack Obama conquistar a presidência dos Estados Unidos. O novo líder negro deve dar continuidade às lutas iniciadas por Malcolm X e Martin Luther King Jr. pelos direitos civis de um povo segregado e humilhado durante muito tempo. Tentando compreender o perfil destes homens, que se empenharam em projetar do negro no cenário social e político da América, este estudo busca nas metáforas literárias de Ariel, Calibã e Exu a resposta para as questões do assimilacionismo propostas por Munanga (1986), que sugere uma aproximação cultural entre negros e brancos; do nacionalismo defendido por Tyson (2001), que descreve a posição de isolamento do negro diante do outro e a resistência aos interesses do opressor; e o catalismo, também descrito por Tyson (2003), que propõe a reaproximação de culturas através de intermediações que levem negros e brancos a reformularem suas estratégias de convivência, a fim de garantir a preservação da identidade.